Hoje irrompeu um anúncio do meio de um programa interessante que estava a ver e a PALAVRA saiu de lá triste e acabrunhada. Servem-se de mim para tudo, sussurrou: Prova, cheira, come, bebe, dorme comigo, saldos, compra. Um areal de palavras, nas montras, nas paragens de autocarro na televisão, nos livros e jornais. São tantas que já ninguém me presta atenção. Roubaram todo o meu poder. Anda daí, vamos dar um passeio pelo campo e olhar as flores. Como elas abrem as suas pétalas ao Sol, tu tens o dom de criar vida. Precisamos recuperar o teu poder criativo, PALAVRA.